A atividade da aula do dia 10/12/2020 é produzir um resumo do texto abaixo
A Ecologia à Luz da Bíblia (Gladys Betts)
Extraído da Revista Voz Missionária – III Tri/1992 )
Apesar de não usar o termo “ecologia”, a Bíblia tem mais de mil referências à Terra! Nesses textos notamos um produto profundo respeito e amor por este planeta que é o nosso lar. Vejamos o que dizem alguns desses textos:
DEUS É CRIADOR: O mundo não aconteceu por acaso. Foi criado por um Ser supremo. Todos conhecemos a descrição poética da criação em Gn 1, mas há outras passagens que afirmam a obra do Criador: Sl 33.9 – “ O senhor falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir”. Sl 148.5-6: “Louvem o nome do Senhor, pois Ele mandou, e foram criados. E os Estabeleceu para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que não passará.”
O UNIVERSO QUE DEUS CRIOU É BOM. Cada fase da criação em Gn 1 termina com “Viu Deus que era bom”. E o capítulo termina assim: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” O Sl. 33.5b diz: “ A terra está cheia da bondade do Senhor”. Ec 3.11a: “ Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. O Universo que Deus criou é bom, formoso, e “criado com sabedoria as fizeste. Cheia está a terra das tuas riquezas.”
DEUS CRIOU UM MUNDO CONFIÁVEL. Gn. 8:22 “ Enquanto durar a terra não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.” Jr 31.35: Assim diz o Senhor que dá o sol para a luz do dia e as leis fixa à lua e às estrelas para a luz da noite.”
DEUS CRIOU UM MUNDO ONDE TUDO SE ENTRELAÇA, se relaciona, tudo se renova, tudo é reciclável. Enquanto não perturbados, todos os ambientes tendem a um estado de equilíbrio. Em condições naturais, a maior parte dos detritos vivos é constantemente reciclada no ecossistema. A vida é uma unidade; a biosfera é uma rede complexa de inter-relacionamentos entre todas as coisas vivas. Ec1.9:”O que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol”.
DEUS CONTINUA CUIDANDO DE NÓS E DO MUNDO. Na linda passagem em Mt 6.25-33, Jesus nos lembra que Deus sustenta as aves e flores e mais ainda os seres humanos.
A TERRA É DE DEUS. Sl.24.1: “Ao Senhor pertence a terra e o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” Se tudo na terra é de Deus, então nós, seres humanos, somos apenas mordomos, zeladores. Somos responsáveis pelo cuidado da terra que pertence a Deus. Os dois relatos da criação em Gn 1 e 2 têm criado alguns desentendimentos quanto à função dos ser humano com relação à natureza. Gn 1.28 diz: “Deus abençoou o homem e a mulher e lhes disse: “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que rasteja pela terra.”
Alguns ecologistas até culpam a Bíblia pela devastação da natureza, dizendo que ela estimulou a idéia de que o ser humano é soberano na terra e pode fazer o que quiser com seus recursos. No entanto, sujeitar e dominar não significam destruir, ou abusar. Sujeitar é construir açudes, descobrir e inventar usos para os recursos naturais, nos tornando co-criadores com Deus. Dominar é amansar animais para fazer companhia ou ajudar na lavoura. Em Gn 2.15 os termos dão a idéia de que somos mordomos; “ Tomou o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Edem para o cultivar e guardar.”
Sujeitar, dominar, cultivar, guardar. Deus nos confiou todas essas funções para que fôssemos colaboradores, e assim, todas as partes do mundo vivessem em harmonia.
Somos Responsáveis pelo bem-estar do Planeta Terra. Sl 8.5-6:
“Fizeste o homem, por um pouco, menos do que Deus. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés tudo lhe puseste. Esta declaração é motivo de orgulho, de arrogância? Não! De responsabilidade! Em Lu 12:48b Jesus declara:”Àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”. O Antigo Testamento até dá conselhos quanto ao uso da terra, tanto em Ex 23.10-11 quanto em Lv 25.4-7:”Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano haverá descanso solene para a terra”. Infelizmente não temos seguido estes ensinos do Antigo Testamento e de Jesus. E os resultados estão aí. Também não ouvimos os conselhos de Paulo em Gl 5.13: “Vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não permitam que esta liberdade se torne uma desculpa para se deixarem dominar pelos desejos humanos.” A humanidade tem sido irresponsável no uso desta liberdade. Temos liberdade de fazer escolhas no uso dos recursos naturais. Podemos explorá-los ao ponto de esgotá-los, podemos preservá-los intactos, ou podemos encontrar o equilíbrio entre consumo, desenvolvimento e preservação.
COMO CRISTÃOS SOMOS MORDOMOS do meio ambiente, amando-o e cuidando dele. Não podemos ser donos egoístas e exploradores, fazer o que bem entendemos sem considerar aqueles que virão depois de nós, e aqueles que nos rodeiam agora. Precisamos pensar globalmente e agir localmente, cada pessoa assumindo a sua responsabilidade. A qualidade do nosso ambiente é, e sempre será, a soma total de muitas decisões tomadas individualmente. Séculos atrás Isaías (em Is. 5.8-10) deu um alerta: “Ai dos que ajuntam casa à casa, reúnem campo à campo, até que não haja mais lugar, e ficam os únicos moradores no meio da terra! A meus ouvidos disse o Senhor: “Em verdade muitas casas ficarão desertas, até as grandes e belas sem moradores. Um alqueire de parreiras dará somente uns 20 litros de vinho, e cem quilos de semente produzirão somente dez quilos de trigo”. O apóstolo Paulo disse em Gl 6.7b: “ Aquilo que o homem semear, isso também colherá”. Em Jó 20.20-22 lemos: “ Por não haver limites à sua cobiça insaciável, pelo que a sua prosperidade não durará. Na plenitude da sua abastança ver-se-á angustiado; toda a força da miséria virá sobre ele.”
“É impossível conciliar a sociedade de consumo com a defesa do meio ambiente”, declara Alexander Kiss”, presidente do Conselho Europeu de Direito do Meio Ambiente: “É absurdo colocar a posse de bens materiais como conceito de felicidade!” Estas palavras parecem um eco das palavras de Jesus: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que tem riquezas”. O profeta Amós adverte: “Buscai o Senhor, e vivei. Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e assim o Senhor estará conosco” (Am 5. 6,14). Se buscarmos a Deus e o amarmos acima de todas as coisas, teremos prazer em cuidar do patrimônio divino aqui na terra. Respeitaremos as leis que Deus embutiu na natureza. Conservaremos os recursos naturais. Não devastaremos aquilo que pertence a Deus. Trataremos o solo, o ar, a flora e a fauna com carinho. E se amarmos ao próximo como a nós mesmos, não usaremos recursos naturais apenas para ganho próprio. Não destruiremos recursos não renováveis. Nos esforçaremos para deixar o nosso pedaço de mundo mais bonito, mais produtivo do que quando o encontramos.
NÃO HAVERÁ PROBLEMA ECOLÓGICO, pois Deus faz a sua parte. Jl 2.21-24: “Não temas, ó terra, regozija-te e alegra-te; porque o Senhor faz grandes coisas. Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor. Alegrai-vos, pois, regozijai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva do outono e da primavera. As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e óleo. Restituirei a vós tudo que foi consumido pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor, pelo cortador. Comereis abundantemente e vos fartareis e louvareis o nome do Senhor vosso Deus.”
COMPETE A NÓS CRISTÃOS, não somente tratar o mundo com respeito e carinho, e levar outras pessoas a mudar suas atitudes e ações; compete-nos, também, transmitir a mensagem do amor de Deus que transforma e redireciona o indivíduo.
Fonte: http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=947
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