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domingo, 18 de dezembro de 2011

O Natal de antigamente: velho e sempre novo

15/12/2011

Venho de lá de trás, do final dos anos 30 do século passado, num tempo em que Papai Noel ainda não havia chegado de trenó. Nas nossas colônias italianas, alemães e polonesas, desbravadoras da região de Concórdia-SC, conhecida por ser a sede da Sadia e da Seara com seus excelentes produtos de carne, só se conhecia o Menino Jesus. Eram tempos de fé ingênua e profunda que informava todos os detalhes da vida. Para nós crianças, o Natal era culminância do ano, preparado e ansiado. Finalmente vinha o Menino Jesus com sua mulinha (musseta em italino) para nos trazer presentes.

A região era de pinheirais a perder de vista e era fácil encontrar um belo pinheirinho. Este era enfeitado com os materiais rudimentares daquela região ainda em construção. Utilizavam-se papel colorido, celofã e pinturas que nós mesmos fazíamos na escola. A mãe fazia pão de mel com distintas figuras, humanas e de bichinhos, que eram dependuradas nos galhos do pinheirinho. No topo havia sempre uma estrela grande revestida de papéis vermelhos.

Em baixo, ao redor do pinheirinho, montávamos o presépio, feito de recortes de papel que vinham numa revista que meu pai, mestre-escola, assinava. Ai estava o Bom José, Maria, toda devota, os reis magos, os pastores, as ovelhinhas, o boi e o asno, alguns cachorros, os Anjos cantores que dependurávamos nos galhos de baixo. E naturalmente, no centro, o Menino Jesus, que, vendo-o quase nu, imaginávamos, tiritando de frio, e nos enchíamos de compaixão.

Vivíamos o tempo glorioso do mito. O mito traduz melhor a verdade que a pura e simples descrição histórica. Como falar de um Deus que se fez criança, do mistério do ser humano, de sua salvação, do bem e do mal senão contando histórias, projetando mitos que nos revelam o sentido profundo do tais fatos? Os relatos do nascimento de Jesus contidos nos evangelhos, contem elementos históricos, mas para enfatizar seu significado religioso, vem revestidos de linguagem mitológica e simbólica. Para nós crianças tudo isso eram verdades que assumíamos com entusiasmo.

Mesmo antes de se introduzir o décimo terceiro salário, os professores ganhavam um provento extra de Natal. Meu pai gastava todo este dinheiro para comprar presentes aos 11 filhos. E eram presentes que vinham de longe e todos instrutivos: baralho com os nomes dos principais músicos, dos pintores célebres cujos nomes custávamos de pronunciar e riamos de suas barbas ou de seu nariz ou de qualquer outra singularidade. Um presente fez fortuna: uma caixa com materiais para construir uma casa ou um castelo. Nós, os mais velhos, começamos a participar da modernidade: ganhávamos um gipe ou um carrinho que se moviam dando corda, ou um roda que girando lançava faíscas e outros semelhantes.

Para não haver brigas de baixo de cada presente,depndurado nos galhos, vinha o nome do filho e da filha. E depois, começavam as negociações e as trocas. A prova infalível de que o Menino Jesus de fato passou lá em casa era o desaparecimento dos feixes de grama fresca. Corríamos para verificá-lo. E de fato, a musetta havia comido tudo.

Hoje vivemos os tempos da razão e da desmitologização. Mas isso vale somente para nós adultos. As crianças, mesmo com o Papa Noel e menos com o Menino Jesus, vivem o mundo encantando do sonho. O bom velhinho traz presentes e dá bons conselhos. Como tenho barba branca, não há criança que passe por mim que não me chame de Papai Noel. Explico-lhes que sou apenas o irmão do Papai Noel que vem para observar se as crianças fazem tudo direitinho. Depois conto tudo ao Papai Noel para ganharem um bom presente. Mesmo assim muitos duvidam. Se aproximam, apalpam minha barba e dizem: de fato o Sr. é o Papa Noel mesmo. Sou uma pessoa como qualquer outra, mas o mito me faz ser Papai Noel de verdade.

Se nós adultos, filhos da crítica e desmitologização, não conseguimos mais nos encantar, permitamos que nossos filhos e filhas se encantem e gozem o reino mágico da fantasia. Sua existência será repleta se sentido e de alegria. O que queremos mais para o Natal senão esses dons preciosos que Jesus quis também trazer a este mundo?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

José Figueiredo Barreto abre inscrições para processo seletivo dos alunos

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) estará abrindo a partir do dia cinco de dezembro, as inscrições para o processo seletivo dos alunos do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, para o ano letivo de 2012. Serão ofertadas 720 vagas, sendo que 240 vagas para o turno da manhã, 240 para a tarde e 240 para o turno da noite. As inscrições prosseguem até o dia 23 de dezembro.

O processo seletivo será feito através de uma prova, que será realizada no dia 15 de janeiro de 2012, às 9h, no Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto e em outras unidades escolares da rede pública a serem definidas e divulgadas posteriormente. A prova abrangerá conteúdos de língua portuguesa, matemática e conhecimentos gerais.

Para participar da seleção, é necessário que o candidato tenha o Ensino Médio completo. No ato da inscrição é preciso levar o requerimento de inscrição preenchido, fotocópia da carteira de identidade e duas fotos 3 x 4.

As inscrições para o processo seletivo poderão ser realizadas no próprio José Figueiredo Barreto, de segunda a sexta-feira, no horário das 8 às 21h. Mais informações são obtidas através do telefone (079): 3179-4867.

Cursos

As vagas serão distribuídas em seis turmas do curso técnico de Redes de Computadores, seis turmas do curso técnico em Restaurante e Bar e seis turmas do curso técnico em Serviços de Condomínio, na modalidade subsequente (pós-médio).

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

NO DIA 20 DE NOVEMBRO PROGRAMA DE RÁDIO DISCUTE A CONSCIÊNCIA NEGRA

Neste domingo o programa “No ritmo da História” apresentado pelo radialista e professor de História, Santos Lima, estará debatendo o tema “20 de novembro e a Consciência Negra” com a participação do Padre Givanildo e do Professor Zezito de Oliveira.

O programa será veiculado através das ondas da Rádio Aperipê 630 AM, no dia 20 de novembro (domingo), no horário das 12 ás 14 horas.

Quem quiser participar com perguntas e/ou comentários pode ligar para os números 3179-1324 ou 1325.jQuem mora em outro estado pode ouvir o pfrograma através do endereço:

http://www.aperipe.com.br

sábado, 12 de novembro de 2011

Sete perguntas fundamentais sobre aborto

Conversas sobre aborto são sempre polêmicas. Veja o que especialistas têm a dizer sobre sete pontos nevrálgicos dessa discussão

Danielle Nordi, iG São Paulo | 11/11/2011 08:26



Foto: Getty Images

Assim como a despenalização, liberação e descriminalização significam que a prática da interrupção voluntária da gravidez deixa de ser crime

Enquanto na Argentina a discussão sobre a despenalização do aborto continua cheia de altos e baixos, no estado do Mississipi, Estados Unidos, o referendo que pretendia estabelecer que um óvulo fertilizado teria os mesmos direitos de uma pessoa foi rejeitado nesta semana. A Emenda 26 criminalizaria o aborto e poderia até impossibilitar alguns métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte. Mas afinal, o que está em jogo nessas discussões? Três especialistas com posições diversas sobre o assunto discutem prós e contras.

Qual a diferença entre liberação, descriminalização e despenalização do aborto?
Maurício Pessoa, advogado e professor de Direito Civil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), explica que, na prática, não há diferença algum. Hoje tanto a mulher que passa pelo aborto quanto o médico que o realiza estão cometendo um crime.

A descriminalização aumentaria o número de abortos praticados no Brasil?
De acordo com Maurício, é importante entender que até o momento as estatísticas de quantos abortos são feitos no país são apenas estimadas. “O que conhecemos de fato são os casos de abortos que acabam em complicações. Nesses casos, as mulheres procuram os hospitais e o estado consegue ter um controle sobre as incidências.” Com a descriminalização, em um primeiro momento, o número poderá até parecer alto, mas é preciso lembrar que isso ocorre justamente porque hoje a prática é clandestina e faltam dados concretos sobre ela. Maurício Pessoa adverte que será preciso acompanhar os dados estatísticos durante um bom tempo após a descriminalização antes de afirmar que houve aumento ou diminuição do número de abortos em função da descriminalização. É exatamente isso o que defende Rosângela Talib, integrante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir: “em um primeiro momento há um acréscimo referente à demanda reprimida. Depois de um tempo, esse número tende a se estabilizar com uma significativa diminuição de casos.”

As mulheres passarão a usar o aborto como método contraceptivo?
A presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, Lenise Garcia, acredita que isso pode acontecer. “Médicos de Portugal, por exemplo, já reportaram essa tendência em seu país e isso precisa ser uma preocupação quando se fala em despenalização do aborto.” Já Rosângela diz que as mulheres não usam aborto como contraceptivo porque querem. “Ao usar o serviço de saúde para realizar a interrupção da gravidez, as mulheres terão também acesso a atendimento médico e aconselhamento em relação ao planejamento familiar, o que vai permitir que elas façam melhores escolhas em relação aos métodos contraceptivos.”

Quais as consequências legais hoje para a mulher que faz um aborto?
“Ela responde criminalmente pelo ato com pena de detenção de um a três anos. Na prática, porém, são raras as condenações criminais”, afirma o advogado especialista em Direito Civil. “A criminalização do aborto não é um impeditivo eficiente para as mulheres. São os médicos que realizam os procedimentos de interrupção da gravidez os mais interessados na descriminalização.”

Quais foram as mudanças mais significativas que ocorreram nos países que despenalizaram o aborto?
“Observamos o uso indevido do aborto. Acontece uma banalização do procedimento”, defende Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto. Além da banalização, ela afirma que estudos mostraram que os países que descriminalizaram o aborto apresentaram maior incidência de doenças psíquicas nas mulheres que passaram pelo procedimento. Já Rosângela Talib afirma: “os países que descriminalizaram o aborto, ganharam muito em matéria de saúde pública, diminuíram suas despesas relativas a leitos para complicações ginecológicas, diminuíram os índices de mortalidade materna, aumentaram os serviços de educação sexual, possibilitaram maior acesso da população ao uso de anticonceptivos.”

Qual o papel das religiões nesta discussão?
“Acho legítima a manifestação sob o aspecto religioso. Todos têm o direito de explicitar sua fé e isso enriquece o debate”, defende Maurício. Lenise Garcia também aponta a importância do debate religioso em torno do tema, mas ressalta que a discussão precisa ser mais ampla, englobando aspectos éticos, médicos e científicos. Na outra ponta da discussão, Rosângela afirma que a religião não deveria ter papel algum nesse debate, mas reconhece que isso não é tão simples. “Vivemos em um país laico. Estado e Igreja são independentes e separados no Brasil. Mas sabemos que na realidade não é assim.”

Qual a tendência no mundo hoje: descriminalizar ou continuar proibindo a prática?
Lenise, do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, acredita que não só a tendência é continuar proibindo o aborto, como nos países onde ele foi liberado existe a possibilidade de rever essa posição depois de constatados os problemas que a liberação do aborto pode trazer. Rosângela não tem a mesma opinião. “Acreditamos que a tendência legal no mundo é a descriminalização do aborto. Os países que legalizaram o aborto estão obtendo bons resultados no que se refere à diminuição da prática”. Maurício resume: “Não há consenso. Sempre há uma forte oposição quando falamos em despenalização do aborto. O debate tem aumentado e já é possível ver um movimento mais forte para descriminalizar, mas além de moral essa também é uma discussão política. O governo que estiver no centro do debate pode determinar que ele venha à tona ou não.”

>> Veja neste mapa a situação do aborto em diversos países do mundo


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aracaju recebe Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Começa no dia 31 de Outubro e prossegue até 10 de novembro a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, evento que visa promover a conscientização e a reflexão acerca dos Direitos Humanos por meio da exibição de filmes e da realização de debates.

A mostra é uma realização da Petrobras e Secretaria de Direitos Humanos da Presidencia da República e acontecerá pela segunda vez em Aracaju no Cinemark Jardins e no Auditório Pedro Braz, no IFS - Instituto Federal de Educação e Tecnologia de Sergipe.

Na sua sexta edição, a Mostra de Direitos Humanos estará presente em todos os Estados e no Distrito Federal, exibindo filmes de grande relevância para a cinematografia nacional ou latino-americana dos últimos tempos.

Direitos Humanos e Saúde Mental será o tema abordado com a exibição de Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodansky; a Cidadania LGBT está presente em Morango e Chocolate, de Tomás Gutiérrez; os Direitos dos Idosos são a chave para a reflexão a partir de Chuvas de Verão, de Carlos Diegues; e os Direitos da Infância dão o tom em Central do Brasil, de Walter Salles. Além desses destaques, teremos uma ampla variedade de títulos nas seções Contemporâneos e Retrospectiva Histórica.

Uma novidade é que nas salas de apresentações, haverá acessibilidade para portadores de deficiência. Para garantir o acesso de deficientes visuais e auditivos, as sessões serão transmitidas com recursos técnicos como audiodescrição eclosed caption (legenda oculta, sistema de transmissão por sinal de TV).

Mais informações através do site www.cinedireitoshumanos.org.br.

Confira a programação completa:
Cinemark Jardins
154 lugares
(79) 3217.5610
Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 215 - Jardim
ENTRADA FRANCA
31/10 - SEGUNDA-FEIRA
21h00 - Sessão de Abertura
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
01/11 - TERÇA-FEIRA
11h00
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
ARQUITETOS DA NATUREZA - Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
TAVA - PARAGUAI TERRA ADENTRO - Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
14h30
BALA PERDIDA - Maurício Durán Blacut (Bolívia, 52 min, 2010, doc).
NO FUTURO - Mauro Andrizzi (Argentina, 60min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 10 anos
02/11 - QUARTA-FEIRA
11h00
ORQUESTRA DO SOM CEGO - Lucas Gervilla (Brasil, 13 min, 2010, doc).
POLIAMOR - José Agripino (Brasil, 15 min, 2010, doc).
CAMPONESES DO ARAGUAIA - GUERRILHA VISTA POR DENTRO - Vandré Fernandes (Brasil, 73 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
14h30
ARAGUAYA - A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Ronaldo Duque (Brasil, 105 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 12 anos
03/11- QUINTA-FEIRA
11h00 - Sessão de Audiodescrição
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
14h30
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
ASSUNTO DE FAMÍLIA - Caru Alves de Souza (Brasil, 13 min, 2011, fic).
COPA VIDIGAL - Luciano Vidigal (Brasil, 75 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
04/11 - SEXTA-FEIRA
11h00 - Sessão Audiodescrição
DIÁRIO DE UMA BUSCA - Flávia Castro (Brasil/ França, 105 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
14h30
CAFÉ AURORA - Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
CONFISSÕES - Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre
05/11 - SÁBADO
11h00
A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
AVÓS - Carla Valencia Dávila (Equador/ Chile, 93 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: Livre
14h30
DAMA DO PEIXOTO - Allan Ribeiro/ Douglas Soares (Brasil, 11 min, 2011, doc).
QUEM SE IMPORTA - Mara Mourão (Brasil, 96 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
08/11 - TERÇA-FEIRA
11h00
BARRAS E BARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES - Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
QUATRO LITROS POR TONEL - Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela, 70 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
14h30
DO OUTRO LADO DO MURO - Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010, doc).
ENTRE VÃOS - Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA - Toni Venturi (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre
09/11 - QUARTA-FEIRA
11h00
SOBRA UMA LEI - Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
PEQUENAS VOZES - Óscar Andrade e Jairo Eduardo Carrillo (Colômbia, 76 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
14h30
GRAFFITI QUE MEXE - Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13 min, 2011, animação).
LICURI SURF - Guilherme Martins (Brasil, 15 min, 2011, doc).
CÉU SEM ETERNIDADE - Eliane Caffé (Brasil, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
10/11 - QUINTA-FEIRA
11h00
BICHO DE SETE CABEÇAS - Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
14h30
CENTRAL DO BRASIL - Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic).
Classificação indicativa: 16 anos
IFS - Auditório Pedro Braz
450 lugares
(79) 3711.3100
Gentil Tavares da Mota, 1166 - Getúlio Vargas
ENTRADA FRANCA
01/11 - TERÇA-FEIRA
18h30
ACERCADACANA - Felipe Peres Calheiros (Brasil, 20 min, 2010, doc).
A OCUPAÇÃO - Angus Gibson/ Miguel Salazar (Colômbia/ EUA/ França, 88 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
20h30
CABRA CEGA - Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
03/11- QUINTA-FEIRA
18h30
D.O.R - Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
SILÊNCIO 63 - Fábio Nascimento (Brasil , 23 min, 2011, doc).
E A TERRA SE FEZ VERBO - Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
20h30
MORANGO E CHOCOLATE - Tomás Gutiérrez Alea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/ México, 110 min, 1993, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
04/11 - SEXTA-FEIRA
18h30
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
CORTINA DE FUMAÇA - Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
20h30
CHUVAS DE VERÃO - Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
Classificação indicativa: 16 anos
07/11 - SEGUNDA-FEIRA
19h30
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
UMA NOVA DANÇA - Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
08/11 - TERÇA-FEIRA

19h30
A TERRA A GASTAR - Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) - Sérgio Bianchi (Brasil, 103 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

Jardim das Folhas Sagradas, de Pola Ribeiro


Estreia nesta sexta-feira, 04, em Salvador, e em mais sete cidades brasileiras, o filme “Jardim das Folhas Sagradas”, primeiro longa-metragem da carreira do baiano Pola Ribeiro. A produção conta a história do bancário Bonfim (Antônio Godi), um homem negro, bem-sucedido e casado com uma mulher branca e evangélica, mas que mantém uma relação homossexual.
Um acontecimento trágico provoca transformações no protagonista e, então, ele decide cumprir uma missão que lhe foi dada e funda o terreiro de Ilê Axé Opô Ewê (Casa das Folhas Sagradas).
O filme aborda questões como meio ambiente, preconceito racial, ecologia, conflitos do cotidiano nas cidades e a especulação imobiliária, além de tratar de temas como bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos.


O candomblé ganha destaque especial. Em “Jardim das Folhas Sagradas”, filme para o qual foi realizado um extenso trabalho de pesquisa sobre a religião afro-brasileira, são mostrados detalhes da crença e a espiritualidade dos personagens em suas rotinas.

De acordo com o diretor, a proposta do longa-metragem é abordar o mistério que envolve a cidade de Salvador e o Recôncavo baiano, mostrando os costumes de sua população negra, que, acaba, comumente, sendo retratada de forma rasa.
“Cada gesto, cada som, cada traje, comida, conceito e religião. A convivência com um mundo que se protegia nos seus fundamentos e que era ao mesmo tempo tratado como invisível pela mídia e pela sociedade, aguçava os meus sentidos”, afirma Pola Ribeiro.
O elenco conta com, além de Antônio Godi, João Miguel (Estômago (2007) e Melhor Ator no Festival do Rio 2005 por Cinema, Aspirinas e Urubus (2005)), Érico Brás (atualmente no quadro fixo do programa Tapas&Beijos, da TV Globo), Harildo Deda, Evelin Buccheger, Sérgio Guedes e atores do Bando de Teatro Olodum. As cantoras Mariene de Castro e Virgínia Rodrigues fazem participações especiais.

domingo, 30 de outubro de 2011

Aracaju aplaude de pé "O Dragão" da Cia. Amok

Zezito de Oliveira · Aracaju, SE
29/10/2011 ·

No segundo dia do projeto palco giratório do SESC, ouvi de um jovem ator sergipano, dirigindo-se a um colega:”Vá assistir ao espetáculo “O Dragão” da Cia. AMOK, é imperdível, foi o melhor a que assisti até este momento da minha vida.” (fecha o pano)


(abre o pano) No último dia do encerramento do palco giratório, conversando com uma jovem atriz do teatro sergipano, ela propôs nos encontrarmos antes da apresentação do “Dragão”, para conversarmos sobre um projeto que estamos empreendendo.

(depois desse diálogo, vejo no fundo da cena aberta dentro da minha mente o seguinte:) “É incrível a força que as coisas têm para acontecer quando elas precisam acontecer.”

E, para confirmar essa afirmativa, a quarta-feira foi o dia escolhido pelos professores de todo o Brasil para realizar uma paralisação em favor de mais investimento em educação, terceira razão para motivar minha ida ao teatro naquela noite.

Dito isto, lá vou eu acompanhado da minha filha de 15 anos ao teatro Tobias Barreto para assistir a “O Dragão”.

http://www.overmundo.com.br/overblog/aracaju-aplaude-de-pe-o-dragao-da-cia-amok


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Paulo Bernardo: "Internet vai bombar no curtíssimo prazo"

Paulo Bernardo: "Internet vai bombar no curtíssimo prazo"

Ministro das Comunicações diz, em vídeo ao iG, que governo quer substituir livros didáticos por tablets nas escolas públicas


Leia mais:
http://economia.ig.com.br/paulo-bernardo-internet-vai-bombar-no-curtissimo-prazo/n1597218580903.html

domingo, 28 de agosto de 2011

Brasileiro reclama de quê?

Existe questões que são o X, outras são o Ó. Para mim o texto abaixo cabe na categoria das primeiras, são poucos comuns, mas abordam o âmago do problema.

Um texto que trata do X da corrupção ou do âmago da questão.

Jesus já tratou do que está escrito abaixo, em várias passagens do evangelho. Quem quiser/puder indique os capitulos e versiculos nos comentários.

Sigamos em frente, lutando sem trégua, inclusive com nós mesmos.

Abraço,

Zezito de Oliveira

Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro reclama de quê?

O Brasileiro é assim:

A- Coloca nome em trabalho que não fez.

B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.

C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

7. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

8. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

9. - Viola a lei do silêncio.

10. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

11. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

12. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

13. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

14. - Faz "gato " de luz, de água e de tv a cabo.

15. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

16. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.

17. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

18. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

19. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

20. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

21.. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.

22. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

23. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

24. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

25. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

26. - Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

27. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

28. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

29. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

30. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

31. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos....

Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...."

Amigos!
Esse é um dos e-mails mais verdadeiros que recebi.
Colhemos o que plantamos! A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes.
alerta

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Divulgue para o máximo de pessoas!

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

·
Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis
Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais....


Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site:
www.dominiopublico.gov.br
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

O que tenho feito pelos nossos “brasileirinhos ”?

José Renilson Souza Santos *

No mundo atual, cada vez mais crianças e adolescentes brasileiros estão mergulhados no mundo das drogas e da prostituição infantil. São o alvo privilegiado da ação criminosa de narcotraficantes e pedófilos.

Contribui para a manutenção e agravamento deste quadro a notória falta de conhecimento específico da área pedagógica que, por meio de palestras, seminários e cursos de capacitação, poderia trabalhar o lado psicossocial destas jovens vítimas.

Hoje, em nosso país, os movimentos que tem por missão e filosofia trabalhar com crianças e adolescentes, a exemplo do escotismo, desbravadores, bandeirantes, policia - mirim e outros, não atingem mais do que 1,82% do universo de aproximadamente 45 milhões de brasileiros jovens.

Diante desta realidade cruel, a varonil nação brasileira limita-se a viver no mundo da ‘cobrança’ aos políticos e poderes públicos. Esquece, porém, que se cada um de nós, dentro de suas possibilidades, fizesse o nosso melhor em prol destes jovens, com certeza seria uma grande ação social e pedagógica na luta contra o crime organizado, que tem, a cada dia, aumentado suas fileiras com os nossos “brasileirinhos” .

É evidente que se trata de uma luta desigual onde, de um lado, estão os referidos movimentos sociais, com seu trabalho inspirado no espírito do voluntariado e, do outro, as organizações criminosas, com toda a sua estrutura suportada por amplos recursos financeiros que suprem as carências das nossas crianças e adolescentes, oferecendo-lhes um mundo “colorido”, porém, com um fim trágico: a morte em tenra idade.

Além dos movimentos supracitados, nós também precisamos levar ao conhecimento de nossos jovens, sua origem, cultura e direitos, com fundamento na ciência histórica. Tal ação terá como fonte de informação as Ong’s, como por exemplo, a Ong Ação Cultural, em Aracaju/SE, que tem entre seus fundadores o agente cultural e professor de História Zezito de Oliveira.

Precisamos, urgentemente, ocupar nossas crianças e adolescentes com atividades sadias e proveitosas para sua vida de hoje e seu futuro como cidadão e profissional. Mas isso só será possível se pararmos de procurar culpados e, dentro do espírito do voluntariado, nos somar e bradarmos que somos mais um a estar do lado do bem e da decência em prol dos nossos brasileirinhos.

"Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a. ''

Johann Goethe


*Promotor Nacional de Policia Comunitária

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

INSTITUTO LUCIANO BARRETO JUNIOR. Fiquem ligados!

Missão
Contribuir para o desenvolvimento humano de adolescentes e jovens sergipanos por meio de ações sócio-educativas voltadas para a preparação para o trabalho, infoinclusão social e o exercício pleno da cidadania.

Objetivos
Como uma Instituição sem fins lucrativos, o ILBJ tem como objetivo maior, desenvolver as potencialidades do ser humano, em especial de adolescentes e jovens sergipanos em situação de risco social e/ou pessoal, através de ações e projetos educativos, sócio-culturais e esportivos, que os prepare para a vida, para o mundo do trabalho e para a cidadania.

Para realizar este objetivo, o Instituto pretende, mais especificamente:
- Promover atividades direta ou indiretamente relacionadas educação, cultura e a preparação para o trabalho e cidadania de adolescentes e jovens de baixa renda no Estado de Sergipe;
- Contribuir para o acesso de adolescentes e jovens, a informação e aos meios para adquiri-la, visto que se entende a democratização da informação como direito social básico;
- Desenvolver, coordenar e apoiar projetos estratégicos nos campos da educação, cultura, esporte e trabalho, voltados para o desenvolvimento de adolescentes e jovens;
- Estimular os mecanismos de inclusão social e de promoção da cidadania, de forma autônoma ou mediante parcerias e intercâmbios com organizações não governamentais, universidades, empresas e outras entidades.
- Ser instrumento da sociedade civil organizada na viabilização de projetos que identifique e apresente soluções para as demandas e necessidades de adolescentes e jovens, mobilizando recursos humanos, técnicos e financeiros;
- Propiciar a tecnologia como um recurso democrático, de acesso a todos que dela necessitam, não apenas de uma minoria.

Confira aqui:

http://www.ilbj.org.br/


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Especial ECA 21 Anos


Fonto: Portal Pró-Menino


As contribuições do ECA à noção de direito à educação

Salomão Barros Ximenes

Salomão Barros Ximenes é advogado e coordenador de programa da ONG Ação Educativa

Antes mesmo que a própria legislação do ensino – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e Plano Nacional de Educação (2001) -, o ECA veio reafirmar o direito à educação de crianças e adolescentes na forma estabelecida na Constituição Federal de 1988. No entanto, a partir do olhar retrospectivo, há três aspectos sobre os quais o ECA depositou mudanças profundas no campo educacional.

A primeira mudança decorre da própria revolução da noção jurídica de infância e adolescência, amplamente relatada na literatura, que deixaria de ser considerada sob o signo da inferioridade e da tutela e passaria ao estágio de sujeito de direito. Evidente que as implicações sociais, políticas e jurídicas daí advindas ainda estão muito longe de serem compreendidas e vivenciadas na prática. Na educação escolar há uma melhor delimitação de tais implicações: o estudante (sujeito de direito) ganha o direito ao respeito por parte do educadores. Na verdade, mais que meros destinatários, as crianças e adolescentes passam a ser sujeitos da comunidade escolar, com direito a contestar critérios avaliativos e a recorrer a instância avaliativas superiores e a participar e atuar politicamente em entidades estudantis livres e autônomas (ECA, art.53). Tais direitos, é preciso que se diga, são amplamente violados uma vez que se contrapõem à cultura escolar hegemônica.

Relacionado à assunção de um novo sujeito na escola – o estudante – há a própria mudança do lugar dessa instituição (se não a mudança completa, ao menos a incorporação de uma nova identidade). A escola, além de agência (re)produtora de padrões e conhecimentos, passa ser encarada como espaço de realização de direitos, sendo por isso chamada a compor o denominado Sistema de Garantias de Direitos. Isso exige das instituições de ensino a abertura de canais de comunicação com órgãos de promoção, defesa e controle social dos direitos infanto-juvenis e dos direitos humanos em geral. A escolas perdem a “autonomia” para escolher os bons estudantes e passam, do contrário, a ser cada vez mais demandadas a colaborar com as políticas de prevenção e reparação a direitos violados.

Também a implantação desta nova identidade sofre enormes resistências nos sistemas de ensino, o que pode ser expresso na desconfiança generalizada em relação aos Conselhos Tutelares, entidades de atendimento e Justiça especializada.

Na verdade, o desafio apontado pelo ECA diz respeito à própria ampliação da noção de educação escolar hoje em voga, o que pode ser expresso no debate sobre indicadores de qualidade do ensino. A educação é parte dos direitos humanos, o que implica tanto o reconhecimento da exigibilidade e justiciabilidade da educação nas instâncias nacionais e internacionais de tutela a tais direitos como que a educação deve promover a realização dos demais direitos humanos e respeitar, em seu processo, os direitos dos sujeitos implicados.

Daí a necessidade de dar voz aos mais diferentes atores do processo educacional – inclusive e sobretudo as criança e os adolescentes -, fortalecendo na sociedade uma concepções democratizadora de qualidade e de avaliação da educação, capazes de dar conta de todas as dimensões de realização desse direito: insumos assegurados com igualdade, processos educacionais que respeitem os direitos humanos e assegurem autonomia dos sujeitos e das escolas e, por fim, resultados que expressem uma concepção ampla de educação, capaz de formar para o desenvolvimento humano, a inserção no mundo do trabalho e o exercício da cidadania. Como resultado geral de uma educação conforme os direitos humanos espera-se, sobretudo, uma sociedade igualitária, no sentido de que as oportunidades educacionais, econômicas e sociais não sejam pré-determinadas, quase que como direitos reais repassados por herança.

Tais reformas requerem uma combinação de autonomia efetiva e condições de gestão democrática nos sistemas de ensino. Autonomia que não seja confundida com abandono ou com impermeabilidade aos demais órgãos, mas que tem como pressuposto a ampliação significativa do investimento na escola pública, a valorização dos trabalhadores da educação, capaz de tornar o magistério uma profissão desejada pela maioria dos jovens, e a formação permanente desses profissionais.

Assim, é inegável que a noção jurídica de infância e adolescência e a ampliação da função social da escola ocorreu, até os dias de hoje, muito mais na esfera normativa que na realidade. Por falar em realidade, o enfoque no debate sobre qualidade social do ensino não nos pode fazer esquecer que há enormes desafios ainda no aspecto da inserção escolar de amplos contingentes de crianças e adolescentes, sobretudo das camadas populares. Só 19% das crianças de zero a três anos tem oportunidade de freqüentar uma creche; 24% daquelas com idade entre quatro e cinco anos não encontra vagas em pré-escolas, mesmo sendo sua matrícula obrigatória por força da Emenda Constitucional n° 59/2009; mais de 1 milhão de crianças e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos, adequada para o ensino fundamental, ainda se encontra fora das escolas, apesar do senso comum quanto à “universalização” do acesso a esta etapa; e, no ensino médio, além da exclusão escolar, temos enormes problemas quanto ao fluxo e permanência dos estudantes nas escolas, sem falar na pouca perspectiva de continuidade dos estudos em instituições de qualidade.

Mas há um ponto em que o ECA trouxe resultados efetivos: o reconhecimento da exigibilidade do direito à educação de crianças e adolescentes. Quando de sua promulgação, em 1990, os direitos sociais em geral eram entendidos como inexigíveis, uma vez que se tratavam de objetivos constitucionais e legais a serem implementados progressivamente através de políticas públicas.

O ECA, no entanto, como o Código de Defesa do Consumidor, trouxe uma nova perspectiva para o ativismo jurídico em defesa dos direitos coletivos e difusos, provocando, por conseguinte, a resposta de instituições estatais de defesa como o Ministério Público, a Defensoria Pública e o próprio Judiciário. Este passa a crescentemente reconhecer a possibilidade de se exigir judicialmente o controle de políticas públicas, sobretudo quando o Poder Público se omite na garantia de vagas em escolas para todas as crianças de uma determinada circunscrição. Mesmo limitadas do ponto de vista temático, essas novas demandas abrem um conjunto de possibilidades para a luta social por direitos educacionais, incorporando definitivamente o princípio da justiciabilidade que estrutura o chamado “eixo de defesa” do Sistema de Garantias inaugurado pelo ECA.

* Advogado, graduado em direito, mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorando em Direito do Estado (USP). É assessor e coordenador de programa da ONG Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação e membro da Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Beijo de desconhecida evita que jovem chinês cometa suicídio

Os moradores da cidade de Shenzhen, na China, viram um ato heróico e muito bonito no último dia 20. A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um menino de 16 anos, que queria se jogar de uma passarela, com um beijo na boca. Liu estava passando pelo local quando se deparou com o drama do adolescente, que estava pendurado na passarela com uma faca na mão. Ela conseguiu se aproximar dizendo à polícia que era namorada dele e a razão pela qual ele queria se matar.

De acordo com a imprensa local, o menino perdeu a mãe quando criança e a madrasta não o tratava bem. Além disso, a mulher havia fugido com todo o dinheiro do pai, deixando os dois em uma situação complicada. Liu começou a conversar com o menino e mostrou a ele as cicatrizes de sua tentativa de suicídio. “A única maneira de salvar o garoto era com o amor”, disse.

Durante a conversa, a chinesa beijou o menino e a polícia se aproximou para fazer o resgate. Após o episódio, o menino foi levado para a delegacia e só explicou o ocorrido na presença da falsa namorada.

Fonte: Yahoo! México

http://www.youtube.com/watch?v=-04lpNuwLCo&feature=player_embedded

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