Relatório B
A realização do projeto conseguiu atingir 11 alunos com liberdade para escolher participar da atividade, embora foi mesmo na reta final, e após vencido o prazo para entrega, que conseguimos chegar a esse número.
O cálculo pessimista que fiz foi de fechar com o mínimo 7 e no máximo 10 memes e, perto do prazo final imaginei que nem chegaríamos ao número mínimo.
Em termos de participação, a turma mais participativa e engajada nas aulas remotas, foi a que também mais participou com quantidade de memes entregues, no caso o 6ºC . Também tivemos o caso de uma das alunas mais engajadas nas aulas, de outra turma, que respondeu prontamente, não apenas a atividade solicitada por mim, como a dos outras professores.
Para efeito de engajamento, busquei partir de um tema que colocasse os alunos na condição de protagonista, assim coloquei um tema geral como parâmetro e eles ficaram a vontade para escolher.
O tema geral proposto foi personalidades ou celebridades
negras com os quais os alunos mais se identificavam. Embora inicialmente a característica ligada a negritude ficou em aberto, durante duas semanas, isso porque a proposta foi iniciada com abrangência mais geral.
Essa sugestão, foi inspirada em uma atividade realizada em um dos momentos de formação do Programa de Correção de Fluxo Sergipe na Idade Certa – ProSIC.
Inicialmente a proposta seria a escolha, justificativa e depois a produção do meme. Porém, nem todos fizeram assim, portanto o objetivo pedagógico da proposta ficou pela metade em alguns casos. E sobre o objetivo, a proposta é iniciar um levantamento das preferências estéticas dos alunos e discutir com eles a respeito dessas preferências, e como elas repercutem e interferem em suas vidas
A justificativa, é o fato dessas preferências poderem ter a médio e curto prazo influência importante na formação de valores, significados, sentido, projeto de vida e etc..
Quanto ao resultado para mim foi interessante por conseguir descobrir personagens que povoam o imaginário deles, alguns relativamente conhecidos por mim e outros desconhecidos.
Como o caso de TW09 - https://portalw3.com.br/jovem-morador-do-arroio-do-silva-e-jogador-profissional-de-free-fire/?fbclid=IwAR0mjnk-4sjjLO1OTD3Uqufkw0tSHaooTRCjt5U90dEnjbCLZBNCGeOUitY
Quem escolheu o personagem TW09 e alguns outros não produziram memes, considerando a liberdade de escolha, até porque a produção de memes não foi proposta inicialmente, isso nas duas semanas iniciais das conversas.
Assim, a perspectiva é prosseguirmos a atividade, sem ficar obrigado a gerar memes, passado esse momento do projeto da consciência negra.
Quanto a aprendizagem para gerar memes, houve quem não soubesse fazer isso, inclusive o professor, e aprenderam com colegas, os quais colocaram vídeos tutorial e sugestão de aplicativos.
Para facilitar, formei um grupo especifico no whatzapp para que os alunos trocassem ideias e conhecimentos, o grupo não ficou muito movimentado, mas cumpriu um pouco o propósito.
Produzido em 20 de novembro de 2020
Veja os memes. https://blogshist.blogspot.com/2020/11/memes-consciencia-negra-escola-estadual.html
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RELATÓRIO A
Sobre o projeto “Sarau da Consciência Negra”
1- Em termos positivos.
O projeto ter sido proposto com dois meses de antecedência e a equipe diretiva não ter aceito sugestões para outros projetos com outros temas, mesmo importantes.
Sugestão para o retorno às aulas presenciais. Escolher os projetos São João e Consciência Negra como dois projetos estruturantes para a escola e como catalisador de temas que seriam trabalhados em outros, inclusive nos que podem ser apresentados como sugestão pela SEDUC, como cultura popular, cultura urbana, saúde mental, identidade cultural (Sergipe e Socorro é meu lugar), machismo/feminismo/racismo/homofobia/intolerância religiosa, ecologia e etc..
– A discussão com os professores em duas reuniões on-line, o que possibilitou um projeto estruturado em um eixo central, mas com liberdade para recorte temporal, espacial e linguagens .
Assim, não precisamos ficar circunscritos a uma cidade, a uma turma, a um tipo de linguagem, a um sub tema. O que também colaborou para permitir um ambiente de liberdade criativa.
2 – Em termos negativos.
A indefinição sobre a opção de trabalhar com turmas, ou garantindo liberdade aos alunos para realizar a atividade independente da turma, assim como os professores.
Sem uma definição/decisão prévia coletiva, fiz a divulgação nas turmas desse modo, quem quisesse aderir a proposta que eu estava apresentando poderia fazer isso, ou aderir as propostas de outros professores.
O que solicitei foi pelo menos, um aluno por turma, em alguns casos fui atendido, em outros não. Mas não vi isso como problema.
2- Em termos positivos com relação ao processo de realização.
Os que fizeram, estão a contento. O total deverá ficar na faixa de 7 a 10 memes. Alunos que não sabiam fazer Memes e nem eu, aprenderam. Houve alunos que passaram dicas, inclusive coloquei um aluno em contato com outra aluna, para que este desse um suporte maior a colega.
Em alguns casos, precisei colaborar mais, por conta de uma frase atribuída a uma personalidade negra, escolhida por um aluno , a qual para mim não correspondia ao nome escolhido por ele. Isso também se sucedeu com mais outra aluna, mesma frase na boca de outra personalidade negra.
É verdade que há um padrão criativo repetitivo nos Memes, mas compreendo como resultado de um conhecimento novo e diferente.
O que penso é incorporar a produção de Memes como atividade nas aulas e proponho como uma linguagem ou categoria para os projetos, mesmo com aulas presenciais.
Produzido em 06 de Novembro de 2020
José “Zezito” de Oliveira Santos - Professor de História, Ensino Religioso e Projeto de Vida
Escola Estadual Zumbi dos Palmares.
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