Total de visualizações de página

domingo, 18 de dezembro de 2011

O Natal de antigamente: velho e sempre novo

15/12/2011

Venho de lá de trás, do final dos anos 30 do século passado, num tempo em que Papai Noel ainda não havia chegado de trenó. Nas nossas colônias italianas, alemães e polonesas, desbravadoras da região de Concórdia-SC, conhecida por ser a sede da Sadia e da Seara com seus excelentes produtos de carne, só se conhecia o Menino Jesus. Eram tempos de fé ingênua e profunda que informava todos os detalhes da vida. Para nós crianças, o Natal era culminância do ano, preparado e ansiado. Finalmente vinha o Menino Jesus com sua mulinha (musseta em italino) para nos trazer presentes.

A região era de pinheirais a perder de vista e era fácil encontrar um belo pinheirinho. Este era enfeitado com os materiais rudimentares daquela região ainda em construção. Utilizavam-se papel colorido, celofã e pinturas que nós mesmos fazíamos na escola. A mãe fazia pão de mel com distintas figuras, humanas e de bichinhos, que eram dependuradas nos galhos do pinheirinho. No topo havia sempre uma estrela grande revestida de papéis vermelhos.

Em baixo, ao redor do pinheirinho, montávamos o presépio, feito de recortes de papel que vinham numa revista que meu pai, mestre-escola, assinava. Ai estava o Bom José, Maria, toda devota, os reis magos, os pastores, as ovelhinhas, o boi e o asno, alguns cachorros, os Anjos cantores que dependurávamos nos galhos de baixo. E naturalmente, no centro, o Menino Jesus, que, vendo-o quase nu, imaginávamos, tiritando de frio, e nos enchíamos de compaixão.

Vivíamos o tempo glorioso do mito. O mito traduz melhor a verdade que a pura e simples descrição histórica. Como falar de um Deus que se fez criança, do mistério do ser humano, de sua salvação, do bem e do mal senão contando histórias, projetando mitos que nos revelam o sentido profundo do tais fatos? Os relatos do nascimento de Jesus contidos nos evangelhos, contem elementos históricos, mas para enfatizar seu significado religioso, vem revestidos de linguagem mitológica e simbólica. Para nós crianças tudo isso eram verdades que assumíamos com entusiasmo.

Mesmo antes de se introduzir o décimo terceiro salário, os professores ganhavam um provento extra de Natal. Meu pai gastava todo este dinheiro para comprar presentes aos 11 filhos. E eram presentes que vinham de longe e todos instrutivos: baralho com os nomes dos principais músicos, dos pintores célebres cujos nomes custávamos de pronunciar e riamos de suas barbas ou de seu nariz ou de qualquer outra singularidade. Um presente fez fortuna: uma caixa com materiais para construir uma casa ou um castelo. Nós, os mais velhos, começamos a participar da modernidade: ganhávamos um gipe ou um carrinho que se moviam dando corda, ou um roda que girando lançava faíscas e outros semelhantes.

Para não haver brigas de baixo de cada presente,depndurado nos galhos, vinha o nome do filho e da filha. E depois, começavam as negociações e as trocas. A prova infalível de que o Menino Jesus de fato passou lá em casa era o desaparecimento dos feixes de grama fresca. Corríamos para verificá-lo. E de fato, a musetta havia comido tudo.

Hoje vivemos os tempos da razão e da desmitologização. Mas isso vale somente para nós adultos. As crianças, mesmo com o Papa Noel e menos com o Menino Jesus, vivem o mundo encantando do sonho. O bom velhinho traz presentes e dá bons conselhos. Como tenho barba branca, não há criança que passe por mim que não me chame de Papai Noel. Explico-lhes que sou apenas o irmão do Papai Noel que vem para observar se as crianças fazem tudo direitinho. Depois conto tudo ao Papai Noel para ganharem um bom presente. Mesmo assim muitos duvidam. Se aproximam, apalpam minha barba e dizem: de fato o Sr. é o Papa Noel mesmo. Sou uma pessoa como qualquer outra, mas o mito me faz ser Papai Noel de verdade.

Se nós adultos, filhos da crítica e desmitologização, não conseguimos mais nos encantar, permitamos que nossos filhos e filhas se encantem e gozem o reino mágico da fantasia. Sua existência será repleta se sentido e de alegria. O que queremos mais para o Natal senão esses dons preciosos que Jesus quis também trazer a este mundo?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

José Figueiredo Barreto abre inscrições para processo seletivo dos alunos

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) estará abrindo a partir do dia cinco de dezembro, as inscrições para o processo seletivo dos alunos do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, para o ano letivo de 2012. Serão ofertadas 720 vagas, sendo que 240 vagas para o turno da manhã, 240 para a tarde e 240 para o turno da noite. As inscrições prosseguem até o dia 23 de dezembro.

O processo seletivo será feito através de uma prova, que será realizada no dia 15 de janeiro de 2012, às 9h, no Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto e em outras unidades escolares da rede pública a serem definidas e divulgadas posteriormente. A prova abrangerá conteúdos de língua portuguesa, matemática e conhecimentos gerais.

Para participar da seleção, é necessário que o candidato tenha o Ensino Médio completo. No ato da inscrição é preciso levar o requerimento de inscrição preenchido, fotocópia da carteira de identidade e duas fotos 3 x 4.

As inscrições para o processo seletivo poderão ser realizadas no próprio José Figueiredo Barreto, de segunda a sexta-feira, no horário das 8 às 21h. Mais informações são obtidas através do telefone (079): 3179-4867.

Cursos

As vagas serão distribuídas em seis turmas do curso técnico de Redes de Computadores, seis turmas do curso técnico em Restaurante e Bar e seis turmas do curso técnico em Serviços de Condomínio, na modalidade subsequente (pós-médio).

Pesquisar este blog